“Magoar alguém é magoar você mesmo ao dobro”. Num é desse jeitinho?
Mesmo sem intenção, mesmo distraidamente, mesmo por falta de jeito. Se essa pessoa for valiosa pra mim, então… O sentimento de culpa e a vontade de que a palavra perdão tenha seiscentos braços e possa abraçar e confortar e fazer desaparecer cada movimento ou atitude que causou a mágoa… É tudo o que resta em mim.
Se você tiver a capacidade de walk on someone’s shoes e a mínima sensibilidade, assim que reconhecer o erro – a topada, a grosseria ou o que quer você tenha feito -, corra atrás do seu magoado e peça desculpas, se explique, ou pelo menos tente, se ele permitir. Sem medir esforços, eu quero dizer. Desde ir bater à porta da criatura, até sentar no meio fio aonde você sabe que a pessoa passa e ficar lá, quarando ao sol, até que ela dê as caras.
E se ainda assim a figura em questão não quiser te ouvir – estando no direito dela, aliás -, faça como eu… E publique, onde ela leia… Quem sabe, um dia.
Até lá, camarada, deal with it. Porque pedir perdão não implica, necessariamente, ser perdoado.
Ah que falta faz um botãozinho de “delete” na vida real…